O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (20), em entrevista à Rádio Verdinha, de Fortaleza, que ainda não está disposto a discutir se irá ou não tentar a reeleição em 2026, quando se encerra seus quatro anos de mandato à frente do Executivo federal. O presidente adiantou, por outro lado, que se ele perceber que o país pode voltar para a mão de “negacionistas”, vai fazer um “esforço incomensurável” para impedir.
“Não posso discutir minha candidatura de 2026 agora. Eu sou o único presidente desse país com três mandatos, mais do que eu, só Getúlio Vargas. Sou o que teve maior longevidade na presidência, o povo já me deu demais. Mas, se chegar na hora de decidir, e eu perceber que negacionistas que destruíram esse país, que aram a ideia para a sociedade de que o que vai melhorar esse país é vender água para o povo, fazer escola cívico-militar, mentir na internet, mentir sobre religião, sinceramente, vou fazer um esforço incomensurável para não deixar um negacionista voltar a presidir esse país”, disse Lula durante a entrevista.
O presidente também foi questionado sobre as eleições municipais, previstas para serem realizadas em outubro. Lula repetiu que pretende reforçar os palanques políticos de candidatos próximos ao governo, principalmente em relação aos municípios onde os petistas e aliados terão “adversários negacionistas”.
“O papel do presidente é um papel q exige mais cuidado e responsabilidade. Tenho que levar em conta que, embora eu pertença a um partido político, tenho uma base de apoio no congresso nacional que extrapola meu partido político. Tenho q levar em conta se nas cidades, esse partido que me apoia está disputando, levar em conta quem são os adversários”, explicou.
“Naquele município em que o adversário for um adversário ideológico, adversário negacionista, pode ter certeza que eu farei campanha [política]. Vou cumprir meu horário de trabalho em Brasília, vou ficar trabalhando até às 18h, mas quando der 18h, que todo mundo tem direito a ir para casa, vou fazer campanha para os candidatos que acho que vão melhorar a vida do povo”, emendou.
Por fim, Lula disse que precisará avaliar cada um dos palanques para não afetar sua relação com os partidos no Congresso. “Mas isso com muito cuidado porque não posso ser pego de surpresa e ter um revés no Congresso Nacional de descontentamento”.