Lula quer Barroso em próximas viagens internacionais para ampliar ‘aliança entre os Poderes’

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Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a aliados que deve convidar o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, para acompanhá-lo em suas próximas viagens internacionais. A avaliação no entorno do petista é de que o saldo político da comitiva levada ao Japão e ao Vietnã na semana ada foi positivo, e serviu para azeitar a relação com o Congresso.

Lula viajou na companhia dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A ideia, agora, é incluir Barroso nos itinerários no exterior para ampliar a “aliança entre os Poderes” e dar demonstração de que “o Brasil está unido”. Procurado, o magistrado não comentou se aceitaria o convite.

O objetivo de Lula, ressaltam interlocutores, é criar um clima de maior harmonia institucional entre Palácio do Planalto, Legislativo e Judiciário, após meses de ime entre os Poderes sobre as regras para distribuição de emendas. Com a popularidade desabando dia a dia, o petista quer evitar ruídos que possam atrapalhar ainda mais a agenda do governo neste ano.

A prioridade do governo agora é a aprovação do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, considerado crucial para tentar reaproximá-lo da classe média, considerada absolutamente decisiva para a decisão do quadro eleitoral de 2026.

Lideranças do Centrão avaliam que a viagem à Ásia foi benéfica para o relacionamento do petista com o Congresso. Após meses sem ter o ao gabinete de Lula, nomes de peso no Legislativo começaram a mandar recados ao Planalto de que “não adianta chamar na eleição”.

Segundo relatos feitos à Coluna, dessa vez, os parlamentares sentiram um Lula com mais “força de vontade política”, disposto a se aproximar do Legislativo. Há, ainda, uma avaliação de que a articulação política do governo melhorou com a chegada de Gleisi Hoffmann à Secretaria de Relações Institucionais – deputados afirmam que ela é “mais direta” que seu antecessor no cargo, Alexandre Padilha, e negocia de forma mais concreta.