O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, ao comentar as queimadas que atingem o país, que “há pessoas querendo criar confusão”. A declaração foi dada na tarde desta terça-feira na abertura de reunião no Palácio do Planalto com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
Após o encontro, devem ser anunciadas medidas para combater os incêndios que ocorrem pelo país. Há expectativa de que o governo libere recursos e também patrocine alguma iniciativa legislativa para endurecer penas para quem promove queimadas.
Também participam da reunião o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça), Nísia Trindade (Saúde), Marina Silva (Meio Ambiente), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). Também estão presentes o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin, e o vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo Filho.
Marina Silva defendeu, em entrevista ao programa Bom dia, Ministro, do CanalGov, o aumento de penas para pessoas que provocam incêndios e citou um projeto de lei do senador Fabiano Contarato (PT-ES) que torna a prática crime hediondo. Ela afirmou que há no total uma área de 5 milhões de quilômetros quadrados sob risco de pegar fogo, o equivalente a cerca de 60% do país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra se reuniram antes no Palácio do Planalto para alinhar os detalhes do pacote de medidas contra as queimadas que foram anunciado pelo governo nesta terça.
Desde junho, o governo montou uma sala de situação com integrantes de diversos ministérios para discutir ações que contenham queimadas e os efeitos da seca pelo país. Marina Silva itiu que as medidas articuladas pelo governo federal ainda não têm sido suficientes.