Na disputa por quem tem legitimidade para usar a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nestas eleições a pré-candidata a governadora de Pernambuco, a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), afirma que o líder petista não possui dono, mas que o PSB terá que explicar todas as vezes que esteve no palanque oposto ao do PT.
Em evento realizado no município do Paulista, no Grande Recife, para marcar o apoio do prefeito Yves Ribeiro (MDB) à sua candidatura, a parlamentar rebateu as acusações de que sua candidatura seria um mero projeto pessoal. “Pois é, o meu projeto pessoal é dedicar minha vida à Pernambuco. Meu projeto pessoal desde a minha juventude, que foi dedicada a trabalhar pelo Recife, trabalhar por Pernambuco e para o Brasil”, disparou.
Marília Arraes que também estava acompanhada pela sua irmã, Maria Arraes, que é pré-candidata a deputada federal pelo Solidariedade, disse que o PSB terá que justificar à população pernambucana os momentos em que se colocou contra o PT e contra Lula.
Ela citou o apoio do partido ao candidato a presidente Aécio Neves (PSDB), no segundo turno das eleições em 2014. Depois, quando os socialistas votaram em peso a favor do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016, e as disputas municipais do Recife, em que estiveram em palanques opostos desde 2012.
Nas eleições de 2020 pela Prefeitura do Recife, o então candidato a prefeito do PSB, João Campos, utilizou o discurso do antipetismo para enfrentar Marília, principalmente no segundo turno da disputa. “Sempre apoiei o presidente Lula. Não preciso justificar nada para ninguém”, completou.