O Mercado de São José, instalado no coração do bairro de mesmo nome, no Centro do Recife, foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade. A lei municipal foi publicada no Diário Oficial do município da última quinta-feira (22) e já está em vigor. A proposta, de autoria da vereadora Cida Pedrosa (PCdoB), foi aprovada na primeira votação na Câmara do Recife e sugere a construção de um museu no local.
O documento do Projeto de Lei reconhece a “dimensão deste espaço sociocultural para além de seus valores materiais, cujo acervo deve ser disponibilizado em espaço criado para este fim, possibilitando o o a pesquisadores, frequentadores, comerciantes e turistas.”
A prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Urbanização do Recife (URB), informou que “recebeu com atenção a sugestão” de criação do equipamento cultural e que estuda a viabilidade da instalação.
Ao apresentar o projeto, durante seu pronunciamento na reunião plenária, Cida Pedrosa defendeu a relevância imaterial do Mercado de São José, que faz parte da vida dos recifenses e turistas. “Aquele lugar tem memórias e histórias que precisam ser preservadas culturalmente”, afirmou.
O Mercado de São José foi fundado em 1875 e se tornou uma referência geográfica e cultural da capital pernambucana. Sua arquitetura, típica do século XIX, ocupa área coberta de 3.541 metros quadrados, de acordo com a prefeitura do Recife. Ele é o mais antigo edifício em ferro montado no Brasil ainda em funcionamento.
O prédio, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1973, é formado por dois pavilhões com 545 boxes instalados na parte interna e na calçada do pátio. Os visitantes podem comprar itens de artesanato ou conferir a gastronomia disponível no local.
O mercado público centenário também é famoso pela venda de pescados e, segundo estimativa da gestão municipal, cerca de 1,3 tonelada de peixe é vendida por semana. Além de centro comercial, o mercado público é atração turística por causa da sua arquitetura e história.