O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) marcou uma Assembleia Geral, para esta quinta-feira (25), para decidir se o metrô do Recife vai entrar em greve. O sindicato ainda não confirmou o horário, mas, baseando-se por outras assembleias, a reunião desta quinta-feira, deve acontecer às 18h, na Praça da Greve, que fica localizada na Estação Central do Metrô do Recife, no bairro de São José.
Os sindicalistas planejam discutir, “assuntos importantes do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2025 e do Acordo Coletivo Especial (ACE)”.
Segundo o grupo, “a saída da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), do Programa Nacional de Desestatização (PND) é vital para atrair os investimentos necessários para revitalizar o sistema. Além disso, esse investimento possibilitaria o aumento da capacidade para transportar entre 400 a 500 mil usuários por dia.
O sindicato também garante que a medida garantiria “a realização de concursos públicos para recuperar a mão de obra perdida”.
O presidente do SindMetro-PE, Luiz Soares, reforçou que caso não haja a retirada, será decretada greve da categoria.
“Se não obtermos a resolução da retirada, estaremos mobilizados e nesta quinta-feira (25), a categoria será soberana na decretação de uma paralisação, de 24h, 48h ou até mesmo por tempo indeterminado”, declarou.
Luiz Soares ainda disse que em caso de tragédia com vítimas fatais, por conta da atual situação do metrô, o culpado seria o governo federal.
“É pela vida das pessoas. É pela vida dos usuários do Metrô que denunciamos que o sistema está na UTI. Uma tragédia poderá acontecer a qualquer momento com vítimas fatais, mas que a culpa de forma consciente, será do governo federal, que não remove a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) do Programa Nacional de Desestatização (PND) e não envia os recursos suficientes para recuperação do sistema”, acrescentou Luiz Soares.
Segundo o presidente da SindMetro-PE, caso a assembleia decida por iniciar a greve, a paralisação começa na sexta-feira, 26 de julho, às 00h. Essa também seria a segunda paralisação da categoria em 2024, já que também aconteceu em fevereiro.