Ministério da Saúde anuncia 80 municípios prioritários para ações contra dengue

O Ministério da Saúde divulgou uma nova lista com 80 municípios considerados prioritários para ações de controle da dengue. Entre eles, 16 ainda não haviam sido contemplados na estratégia de vacinação e arão a receber as doses.

O Estado de São Paulo concentra 55 municípios da lista, seguido por Paraná (14), Bahia e Pará (3 cada), Goiás e Acre (2 cada), além do Rio Grande do Norte, com 1 município.

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Segundo o ministério, cerca de 68 milhões de pessoas vivem nessas localidades, selecionadas por apresentarem alta taxa de transmissão — superior a 50 casos por 100 mil habitantes — ou crescimento no número de infecções.

Todos os municípios listados têm população superior a 80.000 habitantes, o que, segundo o ministério, aumenta o risco de sobrecarga na rede de saúde em caso de surtos.

Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão, o objetivo é reduzir a ocorrência de casos graves e óbitos. Para isso, está prevista a mobilização da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) para reorganizar os serviços de assistência nos municípios selecionados.

O ministério prevê a instalação de até 150 centros de hidratação, com capacidade para 100 leitos cada, e investimento estimado em R$ 300 milhões. “A hidratação, no caso da dengue, é a diferença entre a vida e a morte”, afirmou a secretária.

A pasta também anunciou ações de busca ativa de pessoas não vacinadas ou com o esquema vacinal incompleto. A iniciativa será realizada em parceria com governos estaduais e prefeituras.

O governo federal garantiu o abastecimento de doses para todos os 80 municípios da lista e afirmou que os estoques serão monitorados para evitar desperdícios. “Reforçamos a orientação para não haver perda de vacina”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao comentar sobre os prazos de validade.

O ministro também destacou a possibilidade de ampliação da faixa etária da vacinação, conforme a evolução do cenário epidemiológico em cada localidade. “Quero reforçar a importância de se ter duas doses. Uma dose só não dá cobertura. Tem vacina suficiente para os municípios completarem duas doses por pessoa”, afirmou.