Nestlé recolhe lotes de alimento no Brasil por alto nível de toxina produzida por fungos; saiba quais

Nestlé recolhe lotes de alimento para bebês por alto nível de toxina produzida por fungos.

A Nestlé Brasil anunciou o recolhimento voluntário de lotes do produto “Meu Primeiro Lanchinho”, da marca Mucilon, no país após encontrar níveis elevados de aflatoxina, toxinas produzidas por fungos, acima do permitido pela legislação brasileira. Confira os lotes abaixo.

Segundo comunicado emitido pela empresa, o problema foi identificado “durante análises de qualidade de rotina”. “O consumo de alimentos com níveis aumentados dessa substância por período prolongado pode ser prejudicial à saúde, incluindo, em casos extremos, potenciais problemas relacionados ao fígado”, alertou.

A aflatoxina é um tipo de micotoxina produzida por fungos do gênero Asperigillus. De acordo com informações da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), ela é encontrada principalmente em áreas com climas quentes e úmidos, como o Brasil, e são conhecidas por serem genotóxicas e carcinogênicas, ou seja, podem levar a danos no DNA e aumentar o risco de câncer em casos extremos.

“A exposição por meio dos alimentos deve ser mantida no nível mais baixo possível. As aflatoxinas podem ocorrer em alimentos como amendoim, nozes, milho, arroz, figos e outros alimentos secos, especiarias, óleos vegetais brutos e grãos de cacau, como resultado da contaminação por fungos antes e depois da colheita”, diz a autoridade.

Já a Food and Drug istration (FDA), agência sanitária e de alimentos dos Estados Unidos, alerta que “a ingestão regular de alimentos com aflatoxinas pode aumentar o risco de câncer de fígado, causar defeitos congênitos e levar a problemas nos rins e no sistema imunológico”.

No entanto, a Nestlé assegura que, segundo as análises laboratoriais, “as quantidades de aflatoxina encontradas nos produtos estão muito abaixo da quantidade necessária para causar qualquer reação aguda e imediata”.

“A esse respeito, a Nestlé esclarece que para a intoxicação aguda, seria necessário o consumo diário de 18kg de produto (ou 508 pacotes de 35g) por um período de 1 a 3 semanas. Portanto, não se prevê toxicidade aguda para os consumidores-alvo”, diz.