Depois de quase 48 horas de silêncio, Jair Bolsonaro reconheceu nesta terça-feira sua derrota para o presidente Lula nas eleições do último domingo.
“Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. “Nosso sonho segue mais vivo do que nunca. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros”, disse Bolsonaro.
Acompanhando de aliados de sua base política, Bolsonaro escolheu o hall de entrada do Palácio da Alvorada para o seu pronunciamento mais marcante nesta reta final de governo.
O presidente ou boa parte do dia reunido com aliados no palácio, conversando sobre o que seria sua fala sobre as eleições e sobre os protestos de apoiadores dele pelo país, fechando rodovias e pedindo um golpe militar.
Desde a confirmação do triunfo do PT, na noite do último domingo, Bolsonaro não havia se pronunciado. O chefe do Planalto apenas itiu a derrota ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
Após as manifestações dos caminhoneiros, Bolsonaro ou a ser pressionado a se manifestar publicamente.
Nesta terça-feira, por exemplo, a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) e sindicatos dos policiais rodoviários federais emitiram nota criticando o mandatário pela inércia após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As entidades atribuem a escalada das manifestações ao silêncio do chefe do Executivo nacional.
Na manhã desta terça, o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Carlos Baptista Junior, Braga Netto e outros ministros também estiveram no Alvorada com o presidente. Também foi à residência oficial o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.