O baque da Secom de Lula após o resultado da pesquisa Quaest

O resultado da pesquisa Genial/Quaest sobre a avaliação do governo Lula, divulgado na última terça-feira, provocou um baque em ministros do Palácio do Planalto, especialmente no chefe da Secom, Sidônio Palmeira.

Segundo aliados, Sidônio se mostrou surpreso com o tombo de seis pontos na aprovação do governo revelado pela Quaest, pois o resultado foi na linha oposta ao que apontavam pesquisas internas contratadas pelo Planalto.

Os últimos trackings, como esses tipos de pesquisas internas são chamadas, mostravam que a queda na popularidade do governo Lula havia estacionado, de acordo com fontes da Secom.

O levantamento da Quaest, por sua vez, revelou que a reprovação ao governo cresceu sete pontos desde janeiro, chegando a 56%, enquanto a aprovação caiu seis pontos, atingindo 41% — piores níveis desde o início do mandato.

Aliados de Sidônio dizem que o ministro e sua equipe se surpreenderam com o resultado da Quaest e que, inclusive, uma reunião chegou a ser convocada pelo chefe da Secom às pressas para analisar os números.

O ministro, segundo aliados, ficou incomodado. Em entrevista após evento nesta quinta-feira (03), Sidônio chegou a dizer que todos os ministros do governo seria responsáveis pela alta desaprovação da gestão Lula.

“Eu acho que impopularidade tem responsabilidade: todos os ministros, todas as áreas da área política, gestão, comunicação, todo mundo. E que isso já vem de algum período ou de agora. Isso não tem absolutamente nenhum problema”, disse o chefe da Secom.

Evento para “motivar”

De acordo com interlocutores de Sidônio, a cerimônia de balanço das ações do governo realizado nesta quinta-feira teve o propósito, também, de motivar os integrantes da própria gestão Lula.

A avaliação foi a de que que, em meio à queda na popularidade do governo, o segundo e o terceiro escalões da gestão petista precisavam de um “gás” por parte do Planalto.

Intitulado “O Brasil dando a Volta por Cima”, o evento aconteceu no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e contou com a participação de diferentes membros da Esplanada dos Ministérios.