Onda de calor combinada com baixa umidade. Os fenômenos vão fazer o país sofrer pelo menos até a próxima terça-feira (14). As altas temperaturas atingirão pelo menos 13 estados, enquanto a secura afetará 11 unidades da Federação, inclusive o Distrito Federal.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) elevou, no final da tarde desta sexta-feira (10), a previsão climática do fim de semana para a categoria de alerta laranja. E seis estados vão enfrentar tanto o calor quanto a baixa umidade: Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso.
É válido destacar que a categoria de alerta laranja é justamente a que indica perigo real, que pode expor a saúde a riscos.
A expectativa é de que, com a onda de calor que atinge o país, as temperaturas estejam até 5ºC acima da média nos próximos dias. Enquanto isso, baixa umidade relativa do ar que a acompanha e varia de 20% a 12%. Os estados mais afetados são os pertencem à região Sudeste, Centro-Oeste e Norte do país.
Os termômetros devem superar 40ºC em diversas cidades da região Centro-Oeste.
Veja quais são as 13 unidades federativas que devem redobrar a atenção para o alerta laranja de onda de calor neste fim de semana:
- Paraná;
- Minas Gerais;
- Espírito Santo;
- Goiás;
- São Paulo;
- Tocantins;
- Mato Grosso;
- Pará;
- Rondônia;
- Mato Grosso do Sul;
- Rio de Janeiro;
- Amazonas; e
- Bahia.
Saiba quais são os 11 estados em alerta laranja para umidade do ar:
- Ceará;
- Piauí;
- Pernambuco;
- Paraíba;
- Bahia;
- Goiás;
- Minas Gerais;
- Mato Grosso do Sul;
- São Paulo;
- Mato Grosso; e
- Distrito Federal.
O Inmet havia emitido, na última quarta-feira (08), um alerta amarelo para cinco estados, por conta de uma possível exposição de risco à saúde dos brasileiros.
Baixa umidade
Os brasileiros têm, portanto, que se atentar ao ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz.
As instruções das autoridades são a ingestão de bastante líquido, evitar atividades físicas, evitar a exposição ao Sol nas horas mais quentes do dia, o uso de hidratante e umidificador, e, se tudo mais falhar, buscar informações junto à Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.
Onda de calor e El Niño
O fenômeno El Niño, que se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, ocorre a cada cinco e sete anos, e afeta diversos países, entre eles, o Brasil. O El Niño contribui para uma primavera e verão com temperaturas em torno ou acima da média, favorecendo períodos prolongados de calor mais intenso. Com o aquecimento global, os impactos nas temperaturas tendem a aumentar.
O aquecimento global, que pode intensificar o El Niño, é causado pelo acúmulo crescente de dióxido de carbono e outros gases causadores do efeito estufa na atmosfera, graças a ações de intervenção humanas relacionadas à queima de combustíveis fósseis e ao desmatamento.
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS/RS) recomenda os seguintes os para lidar com as ondas de calor: proteção contra o Sol e o calor (usar chapéus, evitar exposição, roupa solta); hidratação (evite bebidas alcoólicas e ingira mais água); permanecer de 2h a 3h em ambiente fresco; facilitar a circulação do ar em casa. Em caso de mal estar durante o período, procure ajuda de pessoas próximas ou centros de saúde.