Por Bela Megale/O Globo
Em meio a rumores de que pode deixar o ministério, Lewandowski já disse ao parlamentares que quer se reunir com os futuros presidentes da Câmara e Senado, para tratar da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. Esse é seu projeto prioritário no governo Lula.
O gesto foi lido no Congresso como um sinal de que a chance do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assumir a cadeira de Lewandowski na Justiça é remota, ao menos nos próximos meses. A eleição do comando das duas Casas ocorre no início de fevereiro de 2025 e os favoritos para assumirem a presidência do Senado e da Câmara são Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (PP-PB), respectivamente.
Parte dos aliados de Lula tem defendido que Pacheco ocupe um ministério do governo para não perder visibilidade, já que o senador é considerado o melhor nome dos campos de centro e centro-esquerda para disputar o governo de Minas Gerais.
Já Pacheco sinaliza ao seu entorno que não tem pressa em integrar o time de Lula quando deixar o comando do Senado. Aliados do parlamentar apontam, inclusive, preocupação que um desempenho negativo do governo, em especial na área econômica, possa prejudicá-lo numa eventual eleição em 2026.