Folha de S.Paulo

Em meio a promessas de recomposição, o orçamento discricionário das universidades federais sob Lula (PT) permanece abaixo do registrado durante os governos Temer (MDB) e Bolsonaro (PL), antes da pandemia. Esse tipo de verba é utilizado para despesas rotineiras das instituições, como contas de água, luz, internet, contratos de limpeza e vigilância, manutenção predial e compra de materiais.

Ela contempla também o pagamento de benefícios a servidores, como auxílio-alimentação e transporte. Considerando esses gastos, o montante liquidado pelas reitorias até aumentou em 2023 e 2024, mostram dados levantados pelo centro de estudos SoU_Ciência.

Contudo, excluindo a assistência aos trabalhadores, os valores exclusivos para o funcionamento das universidades no terceiro governo Lula ficam abaixo dos praticados de 2016 (final da gestão de Dilma Rousseff e início do governo Temer) a 2019 (primeiro ano de Bolsonaro e último antes da Covid). Todos os números foram corrigidos pela inflação.

Questionado sobre os números, o Ministério da Educação (MEC) afirma realizar um esforço consistente para recuperar o orçamento das universidades federais, “reduzido drasticamente entre 2016 e 2022”.

Em 2016, as instituições liquidaram R$ 6,7 bilhões em verbas discricionárias, ajustadas pela inflação. Em 2019, R$ 5,5 bilhões. Nos anos mais críticos da pandemia, os recursos caíram significativamente: R$ 4,7 bilhões em 2020 e R$ 3,5 bilhões em 2021.

No último ano de Bolsonaro, subiu para R$ 4 bilhões. Houve uma recuperação maior em 2023, quando o total chegou a R$ 5,2 bilhões. O investimento voltou a cair em 2024, fechando em R$ 5 bilhões.

Para Weber Tavares, pesquisador do SoU_Ciência e ex-coordenador de planejamento e orçamento da rede federal no MEC, embora tenham ocorrido avanços financeiros na atual gestão federal, eles ainda são insuficientes para manter o pleno funcionamento das unidades de ensino.

“As universidades devem cobrar maior segurança orçamentária”, afirma. “Embora as coisas estejam avançando, talvez não seja na velocidade necessária”.

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VEJA

Em mais uma etapa da reação ao escândalo do roubo a aposentados e pensionistas, o Ministério da Previdência Social e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciaram que as agências dos Correios atenderão, a partir do próximo dia 30, segurados que quiserem checar se tiveram descontos ilegais em seus benefícios.

A medida tem como objetivo atender pessoas que não têm o à tecnologia e não podem ar o aplicativo do governo usado como ferramenta principal para identificar quem foi lesado e dar encaminhamento aos pedidos de ressarcimento. O INSS já recebeu cerca de 2 milhões de respostas de aposentados e pensionistas. Do total, 98% afirmaram que não autorizaram o desconto e pediram os valores de volta.

“Embora saibamos da quantidade de gente que a o aplicativo Meu INSS, sabemos que existem pessoas que preferem o atendimento preferencial. É para essas pessoas que estamos abrindo mais um canal de atendimento”, afirmou o ministro Wolney Queiroz, que assumiu o cargo no lugar do demitido Carlos Lupi.

Disputa interna

O ar de tranquilidade no anúncio da medida não condiz com a tensão que antecedeu a divulgação da participação dos Correios nos esforços para debelar a crise. Secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior reclamou da proposta inicial apresentada pelo novo presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, que assumiu a função com a missão de estancar a roubalheira e ajudar a punir os criminosos.

Ministra do Planejamento do governo Dilma Rousseff, Miriam disse que faltava ao projeto de Waller Junior coisas básicas, como o que os Correios fariam após atender aposentados e pensionistas. Quais seriam os os seguintes. Essas questões adiaram um pouco a entrada da estatal em cena.

A Casa Civil já tinha manifestado contrariedade com o bloqueio de empréstimos consignados, que, segundo a versão do ministério, teria ocorrido não apenas por uma questão de rigor na fiscalização, mas por uma trapalhada técnica. No governo, há queixas à atuação da nova direção do INSS também por parte da Secretaria de Comunicação da Presidência, que cobra respostas mais assertivas e coordenadas tanto do instituto quanto do ministério.

Na próxima quarta-feira (28), o presidente Lula irá a Salgueiro para dar ordem de serviço de duplicação da Estação de Bombeamento EBI-1, em Cabrobó, no Sertão, ponto inicial do Eixo Norte do PISF. Neste domingo (25), o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e a vice-governadora Priscila Krause (PSD), estiveram em Cabrobó, no local onde inicia a captação da Transposição do São Francisco.

Concluída em 2015, a EBI-1 conta atualmente com dois conjuntos de motobombas, com capacidade de 24,8 m³/s, e ará para quatro conjuntos, elevando a capacidade para 49 m³/s.

“Na próxima quarta-feira, o presidente Lula estará em Pernambuco novamente. Vamos estar em Salgueiro dando ordem de serviço para o bombeamento do Eixo Norte da Transposição”, contou o ministro.

Em Cabrobó, o ministro Waldez Góes ressaltou os investimentos do Governo Federal na Transposição com os R$ 30 bilhões do PAC Água para Todos, dos quais R$ 12 bilhões serão aplicados em infraestrutura.

A visita ao município pernambucano deu início ao projeto Caminho das Águas, com vistorias em obras da Transposição do Rio São Francisco também na Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

“Estou acompanhado da vice-governadora Priscila Krause, nessa captação em Pernambuco. Estamos iniciando o projeto Caminho das Águas para acompanhar as obras que estão em execução, sejam barragens, adutoras, túneis e barramento em geral. Vou levar quatro semanas fazendo isso”, contou Waldez.

Parceria

Priscila Krause ressaltou as parcerias com o Governo Federal e a importância da Transposição do Rio São Francisco. “Essa parceria é fundamental e não tem nos faltado, desde o primeiro momento. E a governadora Raquel Lyra sempre enfatiza que o presidente Lula, através de todos os seus ministros, vem colocando o Governo Federal à disposição de Pernambuco. E não é diferente no que diz respeito às obras hídricas”, declarou.

A vice-governadora destacou a chegada de água aos municípios de Pernambuco com a Adutora do Agreste e também “os projetos complementares que dialogam com o nosso programa Águas de Pernambuco”. “Daqui a pouco, a gente começa a trabalhar o Canal de Entremontes”, relatou.

Neste domingo (25), o influenciador digital Ni do Badoque (foto), usou suas redes sociais para criticar a gestão do prefeito do Recife, João Campos (PSB), após participar da corrida Night Run, realizada no Centro da capital pernambucana. O influenciador tem mais de 1 milhão de seguidores.

Ele denunciou a falta de iluminação pública em várias ruas da área central da cidade e acusou a Prefeitura do Recife de abandono.

Ni do Badoque classificou o local como uma “mansão do terror” e afirmou que a escuridão coloca em risco a segurança dos participantes e frequentadores do evento.

Em seu desabafo, o influenciador relatou que a corrida noturna, que deveria celebrar o esporte e promover o bem-estar, se transformou em uma experiência marcada pelo medo e pela insegurança.

Ele declarou que a situação não é inédita e que a mesma reclamação já havia sido feita na edição anterior da corrida, em 2024. Apesar disso, segundo ele, nenhuma providência foi tomada pelo poder público.

O vídeo publicado no Instagram ultraou 160 mil visualizações em apenas duas horas e recebeu mais de 16 mil curtidas.

Críticas a mortes por choque

A cidade do Recife enfrentou fortes chuvas nos últimos dias, o que resultou em alagamentos, deslizamentos de barreiras e pessoas desalojadas. Diante do cenário preocupante, Ni do Badoque afirmou que João Campos “não deu a atenção necessária” e, por isso, “o povo sofre todos os anos, perdendo suas coisas”.

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