Aprovado para o comando da Procuradoria Geral da República (PGR), o procurador-geral eleitoral interino, Paulo Gonet Branco, já definiu três dos nomes que irão compor a sua nova equipe no órgão.
Entre os nomes, estão:
- o subprocurador Hindemburgo Chateaubriand para o cargo de vice-procurador-geral;
- o procurador Carlos Fernando Mazzoco para o cargo de chefe de gabinete de Gonet; e
- a subprocuradora Eliana Torelly para o comando da secretaria geral da PGR.
Na gestão de Rodrigo Janot, que durou de 2013 a 2017, Hindemburgo foi corregedor-geral do Ministério Público Federal. Mestre e doutor em direito comercial pela Universidade Federal de Minas Gerais, foi promovido a subprocurador-geral da República em setembro de 2013.
Já Mazzoco é secretário de concursos da PGR, enquanto Torelly é a atual secretária-geral do órgão. A subprocuradora se manterá no mesmo cargo.
Posse será na segunda-feira
Enquanto o tempo de espera para a indicação de Gonet foi dez vezes maior que o recorde anterior, quando a então presidente Dilma Rousseff (PT) levou quatro dias para indicar Rodrigo Janot para o órgão, a tramitação da sua aprovação no Senado Federal até à sua nomeação no Diário Oficial da União foi rápida, levando dois dias para ser oficializada.
Paulo Gonet ocupará a vaga do ex-PGR Augusto Aras, que deixou o órgão em setembro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou Gonet em 27 de novembro, quando também anunciou o nome do ministro da Justiça Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.
Foi o maior tempo sem um procurador oficial no cargo desde a promulgação da Constituição Federal de 1988. Enquanto Lula não havia indicado um novo nome, a subprocuradora-geral Elizeta Ramos comandou a PGR interinamente.
Apoiado pelos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do STF, Gonet ficará dois anos no comando da PGR. Ao final do período, poderá ter seu mandato reconduzido por Lula.
Paulo Gonet foi o responsável pelo parecer favorável do Ministério Público Eleitoral à inelegibilidade de Bolsonaro no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral que tratava da reunião com embaixadores em que o então presidente criticou o sistema eleitoral brasileiro, durante as eleições.