Coluna do Estadão
Apesar do “barulho” feito pela bancada do PDT na Câmara com o anúncio de saída da base governista, uma ala do partido continua “firme” com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pedetistas ouvidos pela Coluna do Estadão que defendem a continuidade da aliança com o petista apostam na polarização para as eleições de 2026, dizem que se afastar do Palácio do Planalto não faz sentido politicamente e veem a eventual candidatura de Ciro Gomes, que ganhou força nos últimos dias, como “inviável”.
Foram esses argumentos que fizeram a bancada do PDT no Senado “perdoar” o governo e continuar na base de Lula, o que rachou o partido. Há uma avaliação de que não haverá espaço ano que vem para a terceira via. Levando em conta seu histórico político, a sigla dificilmente apoiaria o candidato da direita. Por isso, os senadores querem estar desde já no barco petista.
O governo tentou costurar a continuidade da bancada do PDT na base aliada da Câmara, mas falhou. Na “ala lulista” do PDT, contudo, há uma interpretação de que os deputados da legenda fizeram apenas “charme” para valorizar o e, mas não ficarão contra o governo em votações na Câmara.
O “rompimento” ocorreu após a demissão de Carlos Lupi do Ministério da Previdência, diante do escândalo dos descontas indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O sucessor de Lupi na pasta, Wolney Queiroz, também é pedetista.