Peritos criminais, médicos legistas e policiais científicos de Pernambuco rejeitam reajuste salarial e anunciam entrega de cargos

Instituto de Medicina Legal (IML) fica no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife — Foto: Pedro Alves/G1

Integrantes de entidades que representam policiais científicos, médicos legistas e peritos criminais de Pernambuco rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo. Nesta sexta-feira (25), os representantes das categorias anunciaram a disposição de entregar cargos de chefia.

A decisão foi anunciada dois dias depois de o governo de Pernambuco enviar para a Assembleia Legislativa (Alepe) propostas de reajuste salarial entre 16% e 20% paras a polícias e os bombeiros.

Também na quarta-feira (23), policiais civis suspenderam a greve que duraram nove dias. A categoria também rejeitou a proposta de reajuste e anunciou uma “operação-padrão”, com trabalho em “ritmo mais lento”.

Nesta sexta, participaram da assembleia os representantes do Sindicato dos Peritos Oficiais de Natureza Criminal (Sinspocrim), da Associação de Polícia Científica (Apoc-PE), e da Associação Pernambucana de Medicina e Odontologia Legal (Apemol).

De acordo com as categorias, ficou definida a entrega dos cargos de coordenação dos plantões no Instituto de Medicina Legal (IML) e dos cargos de chefia dos Institutos de Criminalística e Genética Forense.

Além disso, os representantes das entidades informaram que serão entregues os cargos de jornada extra. Na prática, a partir da 0h deste sábado (26), segundo as entidades, haverá programação de ações.

De acordo com o presidente do Sinspocrim, Carlos Medeiros, a categoria ficou insatisfeita com o “tratamento desrespeitoso” com os peritos criminais.

Segundo as entidades, foi oferecido aos peritos um reajuste de 16%. “É o menor previsto nos projetos enviados para a Alepe”, afirmou Medeiros.