Pernambuco tem 6 mil pessoas vivendo em domicílios improvisados

Pernambuco tinha, em 2022, 6.088 dos seus 9,5 milhões de habitantes vivendo em domicílios improvisados. As informações são do “Censo Demográfico 2022: Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos: Resultados do universo”, divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É a primeira vez que o instituto divulga dados dessa natureza no âmbito do Censo, traçando um perfil de idade, sexo e alfabetização dos moradores desses tipos de domicílios.

São considerados improvisados os domicílios localizados em edificações que não tenham dependências destinadas exclusivamente à moradia, em estruturas comerciais ou industriais degradadas ou inacabadas, em calçadas, praças ou viadutos e em abrigos naturais, bem como as estruturas móveis (como veículos e barracas).

É importante destacar que o Censo é uma pesquisa domiciliar. Logo, não mensura a população de rua do país. “Esse universo de pessoas que estamos divulgando não é, necessariamente, uma população que pode ser classificada como população de rua como um todo. Há exemplos de moradores de tendas ou barracas em áreas rurais, ocupações de disputa de terra, entre outros exemplos. Assim como há pessoas em situação de rua que não estão nessa classificação porque não têm nenhum tipo de domicílio improvisado, porque dormem em um papelão na rua, ou similares”, explica Bruno Perez, analista do IBGE.

Da população morando em domicílios improvisados no Estado, 3.424 são homens e 2.664 são mulheres. A maioria tem idade entre 30 e 39 anos. O número é o sétimo maior entre as unidades da federação e o segundo maior no Nordeste, atrás da Bahia.