Um ato organizado pelo Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) ocorreu na manhã desta segunda-feira (29) na Praça do Derby, região central do Recife, para reivindicar reajuste salarial e reforçar a importância da corporação para a segurança da população.
A manifestação teve início às 8h e seguiu por toda a manhã, mesmo sob a chuva que cai na Região Metropolitana do Recife. Os policiais envolvidos realizam a distribuição de panfletos informativos e dialogam com os antes.
A corporação reclama que recebe um dos salários mais baixos do país, o que os coloca em necessidade de fazer horas extras, resultando numa “carga horária desumana”.
Os sindicalistas também afirmam que, há um mês, entregaram à governadora Raquel Lyra as pautas salariais e funcionais, mas que até o momento não obtiveram resposta efetiva por parte do governo.
“Essa falta de diálogo e de atenção às demandas dos policiais civis representa um entrave para a valorização da instituição e, consequentemente, para a segurança da sociedade pernambucana”, acrescentou o sindicato.
“Hoje é o dia do nosso primeiro ato de rua a favor da nossa valorização, expondo a necessidade de valorizar a Polícia Civil e fundamentalmente a base dela que somos nós. Fazemos esse ato para poder pressionar o Governo do Estado aumentando o tom as críticas em relação à segurança pública”, diz o sindicato.
“Já deu tempo demais para as coisas começarem a acontecer, principalmente a marcação de reunião para que a gente comece a tratar sobre as reivindicações da categoria e atender o povo”, acrescentou.
Reivindicações dos Policiais Civis de Pernambuco
Uma das reivindicações diz respeito ao empréstimo bilionário captado pelo governo estadual, autorizado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco. O sindicato cobra promessa feita por Raquel de destinar R$ 1 bilhão, do total de R$ 3,4 bilhões, para a Segurança Pública do estado.
“É crucial que esse dinheiro comece a ser investido na segurança pública o mais rápido possível, para melhorar as condições de trabalho dos policiais e fornecer-lhes os recursos necessários para combater a criminalidade”, afirmou o presidente do Sinpol-PE, Rafael Cavalcanti.
Os policiais também reclamam que existe um enorme déficit de policiais, equipamentos insuficientes e estruturas ruins. “Estamos fisicamente e mentalmente sobrecarregados e a população está mal assistida, com a impunidade estimulando criminosos a praticar mais delitos”, diz o texto de um panfleto que será entregue durante o ato.
“A atuação da Polícia Civil é essencial para a garantia da segurança e da ordem pública. Sem investimentos adequados e o devido reconhecimento, não podemos esperar uma redução efetiva da criminalidade em nosso estado. É hora de priorizar e valorizar a Polícia Civil para um Pernambuco mais seguro e justo”, destaca Rafael Cavalcanti.