Pré-candidatos no Recife: ambições além da cidade nas eleições de 2024 e 2026

Daniel Coelho (PSD)

Por Igor Maciel/JC

Olhando para os três principais pré-candidatos na eleição do Recife, que participaram até agora de sabatinas realizadas pela Folha de São Paulo, é possível dizer que o desafio para que os objetivos pessoais sejam cumpridos é grande para eles. Esqueça a eleição para o Recife por enquanto, esta é outra história.

A eleição do Recife, com os 75% que o instituto Datafolha apontou para João Campos (PSB) na pesquisa divulgada na última sexta-feira precisa voltar a ser tema só depois que a campanha começar de fato.

Até lá, quando a estrutura financeira finalmente chega para dar força também à oposição, falar em eleição do Recife antes de a campanha começar, com o prefeito tendo três em cada quatro eleitores dizendo que votam nele, é como esperar secar uma piscina com uma tampa de garrafa.

Mas, exatamente pela vantagem que o socialista possui, já é possível perceber os objetivos órios, aqueles que os candidatos não dizem que têm.

Daniel Coelho (PSD) e Gilson Machado (PL), por exemplo, querem uma cadeira no Congresso Nacional em 2026. O próprio João quer o Governo do Estado.

É por isso que Campos não foge e nem fugirá mais do tema Segurança, por exemplo.

É clássico ter candidatos a prefeito corrigindo entrevistadores e dizendo que o máximo que se pode fazer é apoiar o estado e blá, blá, blá. Perguntado sobre armar ou não a Guarda Municipal, o atual prefeito nem titubeou e disse que vai fazer.

Se perguntarem a ele sobre o Ensino Médio, que não é municipal, ele vai responder. Se perguntarem sobre a pintura da fachada do Palácio do Campo das Princesas ele pode até dar uma opinião.