Prefeita de Vitorino Freire, irmã do ministro das Comunicações, é alvo de operação da PF sobre desvios na Codevasf

Prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Martins Bringel Rezende Alves — Foto: Reprodução/Facebook

Irmã do ministro da Comunicações, a prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende, é alvo nesta sexta-feira (1º) de uma operação da Polícia Federal contra supostos desvios na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Ela foi afastada do cargo.

O ministro, Juscelino Filho, é investigado no caso, mas não é alvo de mandados nesta sexta-feira. A companhia é uma estatal responsável por realizar obras e serviços em estados do Nordeste, do Norte no Distrito Federal.

A PF cumpre 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, nas cidades de São Luís (MA), Vitorino Freire (MA) e Bacabal (MA).

Também estão sendo cumpridos:

  • Medidas cautelares de prisão;
  • Afastamento da função pública;
  • Suspensão de licitações;
  • Vedação da celebração de contratos com órgãos públicos, bem como ordens de indisponibilidade de bens.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude a licitação, lavagem de capitais, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção iva.

Os nomes de todos os alvos não foram divulgados até a última atualização desta reportagem. A Codevasf não se manifestou até o momento.

Operação Odoacro

A investigação, iniciada em 2021, teve a sua primeira fase deflagrada em 20 de julho de 2022 e a segunda em 5 de outubro de 2022. Esta nova fase alcança o “núcleo público” da organização criminosa, informou a PF, após se rastrear a indicação e o desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação de um município maranhense.

Na primeira fase, a operação foi realizada em São Luís, Dom Pedro, Codó, Santo Antônio dos Lopes e Barreirinhas, com 16 mandados de busca e apreensão. A PF apreendeu relógios de luxo e R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo.

A principal empresa apontada no esquema é a Constrvice, que tem como sócio oculto Eduardo Costa Barros, o ‘Eduardo DP’, também conhecido como ‘Imperador’. Ele é alvo da operação e foi preso na primeira fase.