Presidente da Embrapa defende concurso para contratação de novos funcionários

Um dos principais desafios da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), atualmente, assim como de boa parte do mercado, é a permanência de funcionários e pesquisadores, conforme ressaltou o presidente da empresa pública, Celso Moretti, nesta sexta-feira (14). Sobre esse assunto, ele destacou haver, atualmente, no Brasil, um fenômeno muito forte de ‘fuga de cérebros’, que também causa impactos para o quadro de profissionais da empresa.

“Eu acho que a empresa investe muito capital e investe em treinamento, para que essas pessoas, obviamente, fiquem conosco, e nos ajudem a contribuir para o desenvolvimento da agricultura brasileira. Penso que, hoje, o mundo está cada vez menor, e o mercado de trabalho é muito competitivo. Nós temos profissionais de ponta que acabam recebendo propostas do exterior e acabam saindo”, disse o executivo.

Por conta disso, Moretti disse ser importante que a nova gestão leve à frente um processo de seleção de novos funcionários. Ele lembrou que a Embrapa não realiza um concurso há quase 10 anos. O último foi em 2014. Além disso, há quatro anos houve um programa de demissão incentivada, que resultou na demissão de 1.180 pessoas.

“Nós precisamos, sim, fazer um novo concurso. Nós já estamos estudando e a próxima diretoria que vai assumir deve tocar esse processo à frente, para contratos, estratégicas para o agro brasileiro, para a agricultura brasileira, para pesquisa, para o desenvolvimento. Então, isso já está sendo discutido”, informou.

Transição

A Embrapa a por um momento de transição. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou que vai indicar Silvia Massruhá para o cargo. A pesquisadora de carreira será a primeira mulher a assumir a presidência da Embrapa, que completa 50 anos este mês. Sobre a alteração, Moretti disse que o processo está sendo conduzido com muita ‘tranquilidade’ e fez elogios à indicação do ministro.