Em meio a nova crise com a Assembleia Legislativa, que levou o governo a trancar a pauta para pressionar a Casa a votar projetos do Executivo, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD) inaugura hoje pela manhã, em Caruaru, o Hospital da Mulher do Agreste. A primeira das cinco maternidades prometidas durante a campanha.
Ontem, em discurso no Cais do Sertão, ao anunciar a entrega marcada de hoje sinalizou estar na defensiva. “É curioso que vão dizer o seguinte, muitas vezes também porque sou mulher: ‘Mas essa obra não foi dela. Ele já estava pronto’”. Por que se preocupar com isso, governadora?
A unidade, que começou a ser construída em 2013, ainda no governo de Eduardo Campos, parou três anos depois e só foi retomada em 2022, no fim do governo de Paulo Câmara. Desde 2023, o atual governo investiu R$ 59,7 milhões.
Sim, o hospital estava quase pronto. Mas é a partir de hoje que 190 leitos estarão disponíveis e a partir de segunda-feira estará aberto ao público.
“Esse hospital poderia ter salvado muitas vidas”, argumentou. Mas não ficou pronto. E é para frente que se deve olhar.
O hospital, que será inaugurado com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tem capacidade para mais de 700 partos ao mês, incluindo casos de alto risco. Serão, em média, oito mil partos por ano. No setor de urgência e emergência, a previsão é fazer 5,4 mil atendimentos mensais.
Pronto. Agora é cuidar de garantir as estruturas em Ipojuca, Garanhuns, Serra Talhada e Ouricuri. Para fazer valer o seu lema: “Cuidar da mulher e cuidar da família é nossa prioridade”.