Por Pedro Araújo
Não foram as primeiras reclamações chegadas ao Blog PE Notícias com relação as balbúrdias, que com o consentimento da gestão municipal de Afogados da Ingazeira, por intermédio e autorização da Secretaria de Cultura do município na Travessa José Bezerra, entre a Avenida Rio Branco e a Rua Senador Paulo Guerra. São inúmeros os descontentamentos dos moradores adjacentes. Queixam-se de tudo, desde o som estridente aos participantes desses eventos, que pouco traduz cultura.
Na maioria das reclamações, moradores dizem que mais de 80% dos que participam dessas algazarras são menores de idade. Outros chegam a dizer que o consumo de drogas é abertamente, e utilizam, pasmem, os bancos da praça que existem na Avenida Rio Branco, para cheirar drogas. Outros queixam-se de que não se ver mais uma viatura policial durante as madrugadas nesses eventos, quem sabe, pudesse até coibir essa prática que virou rotina em Afogados da Ingazeira.
No último sábado foi o que aconteceu de pior no trecho reclamado, um som que ninguém sabia o que estavam cantando, e sim “berrando”, foi ouvido longe do recinto de tamanho à altura do volume. Alguns se perguntam onde estão os pais de certos adolescentes que varam noites nessas algazarras, quando o pior acontece, como já aconteceu, até o trágico, é que vem procurar por segurança, por policiais, e procuram culpados, enquanto a culpa está muitas vezes dentro das suas residências.
A Prefeitura Municipal, tem o dever e a obrigação de procurar meios para alocar certos eventos, e mais, procurar saber se são realmente culturais, e mandar ofícios para a Polícia Militar, Conselho Tutelar e quem de direito para fiscalizar esses abusos. Quando certos políticos vem com uns discursos enfadonhos de que estão cuidando da cidade e dos cidadãos é quando deviam primeiro se perguntarem: “e aqueles idosos que am noites em claro, porque a própria Prefeitura permitiu fazer as bagunças tidas como culturais em vias públicas estão sendo respeitados?”.
Porque a Secretaria Municipal de Cultura autoriza essas bagunças sem sequer observar a forma do evento que vão realizar? Vão, montam palco, colocam banheiros químicos e deixam lá, pra o que acontecer de ruim, que de bom não tem nada, cair nos lombos dos moradores, muito deles que precisam do descanso das noites depois de um dia de trabalho.
Não é à toa que quando encontramos com pessoas de outras cidades, e dizemos que somos de Afogados da Ingazeira, ouvimos de elogios a seguinte frase: “Já sei, é da cidade tranca rua”. Bem feito, porque aqui em tudo e por tudo fecham as ruas para qualquer bagunça enquanto ignoram os moradores. Até quando?