Durante audiência pública para apresentar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para o ano de 2024, o secretário de Planejamento do Estado, Fabrício Marques, ressaltou o cenário fiscal que Pernambuco atravessa e a possibilidade de privatização da Compesa.
Durante a apresentação, ele informou que o Governo fará um ciclo de seminários para escutar a população sobre os programas e ações a serem incluídos no orçamento do ano que vem.
Ainda informou que o Estado já captou R$ 2,7 bilhões dos R$ 3,4 bilhões que a Alepe autorizou o Executivo a contrair em empréstimos junto a bancos nacionais e internacionais.
Outro ponto abordado foi a possibilidade de privatização da Compesa, uma vez que a governadora assinou um contrato junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a realização de estudos sobre a participação de investimentos privados no setor de abastecimento de água e tratamento de esgoto.
Favorável à medida, o deputado Antonio Coelho (União) criticou o líder do Governo, Izaías Régis (PSDB), por ter falado que a privatização da companhia era um “boato”.
“A privatização é uma pauta estratégica para o Estado de Pernambuco e representa uma alternativa à elevação da carga tributária do Estado”, disse Coelho.
Em resposta, Marques ressaltou ter coordenado a privatização de parte da operação da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), em 2019, e defendeu a discussão do tema.
“Quando o modelo for apontado, faremos um debate amplo com a sociedade”, afirmou.
Ele indicou, porém, que a venda de ativos deve financiar investimentos estratégicos, e não compensar a carga tributária, que se destina a despesas com políticas públicas.