Servidor do TJPE é um dos roteiristas e diretores da ficção de título provisório “Sertão Encarnado”, longa-metragem produzido em animação

Ascom/TJPE

As múltiplas faces do cangaço continuam despertando o interesse e a inspiração de cineastas, historiadores e pesquisadores. Uma nova obra cinematográfica vai  abordar o famoso movimento armado nômade nordestino que deu origem a crimes violentos e cruéis movidos por vingança, revolta e disputa de terras. Será o filme “Sertão Encarnado”, uma animação longa-metragem cujo roteiro está sendo escrito pelo servidor efetivo do TJPE e assessor de magistrado na comarca de Tabira, Kleyner Arley Pontes Nogueira, juntamente com Bráulio Tavares e Marcos Carvalho.

O projeto do longa-metragem foi aprovado pela produtora Mont Serrat Filmes no 13º Edital Audiovisual do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) e receberá o incentivo inicial do Governo do Estado no valor de R$ 650 mil para ser produzido. A animação poderá se desdobrar em outros projetos visando ser convertida em game, história em quadrinhos e cordéis.

Kleyner é um dos roteiristas e co-diretor do filme e teve a ideia de escrever a história a partir de um caso real acontecido em 1923 na Paraíba. Além de abordar o cangaço, o roteiro também se inspirou no caso real da “Cruz da Menina”, no qual uma criança foi assassinada pelo casal que a adotou. No julgamento, houve a absolvição dos acusados.

“No filme, após o julgamento, a cidade sofre uma maldição divina. Os moradores do local am a sobreviver sob uma espécie de apocalipse zumbi, em que perdem a pele e a sanidade. Contratados pelo Padre Cícero para um trabalho, cinco cangaceiros chegam a essa cidade amaldiçoada e precisam usar suas habilidades para sobreviver. O longa será ambientado em municípios fictícios dos sertões da Paraíba, Pernambuco e Ceará. A história se a entre os anos 1923 e 1926”, explica o servidor. Será a sua primeira experiência como cineasta.

A animação está prevista para ser produzida com a utilização de diferentes técnicas. “Vamos utilizar desenhos à mão e também vamos desenhar com computadores”, adianta Nogueira. A expectativa inicial é que o longa-metragem seja lançado em quatro anos. O outro roteirista diretor da animação é o realizador Marcos Carvalho, idealizador do projeto Cinema no Interior e produtor e diretor (junto com Diogo Fontes) do longa-metragem “Légua Tirana” (em fase de finalização); roteirista, produtor e diretor de fotografia (junto com Petrônio Lorena e Tiago Scorza) do longa-metragem “O Gigantesco Ímã”; roteirista, produtor e diretor (junto com Wagner Miranda) do longa-metragem “Na Quadrada das Águas Perdidas” – protagonizado pelo ator Matheus Nachtergaele.