Por Naldinho Rodrigues*
Início de ano, novas lembranças misturadas com uma pitada de saudade. Vamos voltar ao tempo da jovem guarda. Hoje, o nosso homenageado é o querido músico, cantor e compositor George Freedman, um dos pioneiros do rock and roll brasileiro que completou 82 anos de vida e aqui estamos para homenageá-lo nesta humilde matéria.
George Freedman nasceu em Berlim, Alemanha, no dia 07 de agosto de 1940. seu maior período de atividade foi de 1958 a 1972. é filho de pais alemães (seu pai nasceu em Berlim e sua mãe nasceu em Düsseldorf), e ainda pequeno veio com a família para o Brasil.
George Freedman iniciou a carreira na década de 1950 cantando rock. O primeiro sucesso (1960) “Olhos cor do Céu”, lhe abriu o caminho para o meio artístico. em seguida, obteve destaque no sul e sudeste do Brasil com a gravação “Volta”. Teve outras diversas gravações de sucesso na época, porém o mercado era diferente. Às vezes o sucesso ficava em algumas cidades do sul, outras vezes no sudeste e centro-oeste e, raras vezes, no nordeste, onde a distribuição e divulgação eram mais difíceis.
Um episódio triste aconteceu ao nosso querido George Freedman quando ele excursionava pelo nordeste, mas ele ficou de contar em seu livro. Em 1961, gravou os rocks “Adivinhão” e “Inveja”. Mas o seu maior sucesso que estourou nas paradas de todo o Brasil foi “Coisinha Estúpida”, em 1967, que lhe rendeu o prêmio “Chico Viola”.
Em 1968, lançou “Quando me enamoro” e “Eu te amo”. Em 1970, chegou a fazer dupla com a cantora Waldirene, lançando um compacto simples com as músicas “Nosso Amor” e “Você e Eu”. Além de “Eu te amo, Tu me amas”, todas de grande sucesso. Há quase 75 anos, em setembro de 1947, George Freedman chegava ao Brasil para deixar seu nome escrito na história da música brasileira, como um dos percursores do rock e também um dos mais queridos cantores da jovem guarda.
Em uma determinada época, George Freedman realizou uma série de shows no nordeste na companhia do cantor Nerino Silva. Em nossa região, ele ficou doente, pegou malária e quase morreu. George Friedman é um dos poucos cantores remanescentes da saudosa jovem guarda, a época de ouro da música, sem malícia, droga e outras coisas maléficas que nos deparamos nos dias de hoje, em cada esquina da vida.
A jovem guarda para quem curtiu e soube aproveitar, foi um privilégio. E para aqueles que não chegaram a curtir ou não tiveram a oportunidade, resta só a vontade… George Freedman matando as saudades da época que não volta mais…COISINHA ESTÚPIDA!
*Naldinho Rodrigues é locutor de rádio. Apresenta o programa Tocando o ado pela Rádio Afogados FM, sempre aos domingos das 5 às 8 da manhã.