Por Naldinho Rodrigues*
Em 13 de maio de 1933, nascia Eurípedes Waldick Soriano, um dos maiores ídolos da música popular brasileira e considerado como um dos reis da música brega. Seu envolvimento com a música começou na juventude, nessa época, apesar da pouca instrução, já compunha suas próprias canções e as apresentava em quermesses e festinhas na igreja de sua cidade natal, Caetité, na Bahia. A inspiração veio de seus ídolos Nelson Gonçalves, Orlando Silva e Lupicínio Rodrigues no final dos anos 1950.
Em São Paulo, Waldick Soriano adotou um visual que se tornaria sua marca registrada: paletó e chapéu pretos e óculos escuros, inspirado no personagem de faroeste americano Durango Kid. Com um repertório de boleros e sambas-canção que falavam de relações amorosas, desilusões e dor-de-cotovelo, o artista foi criticado e até chamado de Frank Sinatra dos pobres.
Waldick Soriano, foi garimpeiro, lavrador, sanfoneiro na sua Caetité, interior da Bahia, tornou-se um cantor romântico de sucesso se destacando no cenário da música popular brasileira por suas canções de dor de cotovelo e pelo seu visual diferente que incluía sempre roupas negras e óculos escuros. Definido como um cantor de músicas bregas e cafonas, Waldick Soriano se transformou em um recordista de vendas de discos e shows por todo o Brasil.
Nos anos 1990, ele se mudou para a cidade de Teresina, onde iniciou uma parceria com o violonista Fernando Fonseca, com quem fez shows pelo país inteiro naquela que seria sua última incursão pelos palcos. Alguns anos depois foi morar em Fortaleza e ao lado do pianista Oliveira Junior continuou fazendo apresentações e shows até que teve diagnosticado um câncer de próstata. Ele teve diagnosticada a doença em 2006.
Waldick Soriano foi resgatado do ostracismo por uma mulher muito especial, a atriz Patrícia Pillar. Ela se encantou por este cantor que traduz os sentimentos da grande maioria do povo brasileiro e decidiu fazer um documentário sobre sua vida. Fascinada com a biografia dele e a montagem de um show para ilustrar o documentário acabou virando o CD e DVD “Waldick Soriano ao Vivo”.
Waldick Soriano gravou mais de 80 discos e deixou mais de 500 canções compostas. O cantor morreu aos 75 anos, no dia 4 de setembro de 2008, no Rio de Janeiro. Sua lembrança permanece viva na mente de inúmeros fãs com sucessos como: Eu não sou cachorro não, A Carta, A dama de vermelho e Se eu morresse amanhã.
Agora, sem dúvida alguma a canção que tem a cara do Waldick, e que você não pode negar, é: PAIXÃO DE HOMEM.
*Naldinho Rodrigues é locutor de rádio. Apresenta o programa Tocando o ado, pela Rádio Afogados FM, sempre aos domingos das 5 às 8 da manhã.