Universidades não têm verba para fechar o ano, diz presidente da Andifes

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Metrópoles

Os reitores defendem que o financiamento para universidades federais em 2024 seja de cerca de R$ 8,5 bilhões, o que significaria em um adicional de R$ 2,5 bilhões no orçamento atual, que é de R$ 6,1 bilhões.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) pede esse acréscimo no orçamento de 2024. Com isso, o financiamento chegaria a um valor mais próximo do montante disponível em 2017.

O governo Lula (PT) sofre pressão da área da educação superior, que constantemente reclama da falta de ações, projetos e rees para as instituições públicas de ensino superior. Além do reajuste e da reestruturação da carreira, eles pedem que haja mais investimento nas universidades e nos institutos federais (IFs), sob o argumento da falta de recursos para desenvolver pesquisas e até manter os locais de ensino abertos.

A presidente da Andifes e reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, voltou a defender a recomposição orçamentária destinada às universidades federais brasileiras. Segundo ela, o valor atual é “insuficiente”.

“Nós [reitores] estamos pedindo que o orçamento das universidades em 2024 fosse de R$ 8,5 bilhões, mas ele está em R$ 6,1 bilhões. E em 2023 foi de R$ 6,2 bilhões. Então, a gente não alcançou nem 2023 ainda”, analisou.

Confira o ree para as universidades federais:

  • em 2023 foi de R$ 6,2 bilhões;
  • em 2024 é de R$ 5,9 bilhões, com mais R$ 250 milhões* de compensação do Ministério da Educação (MEC).

*Após o aporte de R$ 250 milhões em maio, o orçamento de 2024 voltou ao patamar similar ao de 2023, chegando a R$ 6,1 bilhões.

Até essa quarta-feira (05), ainda de acordo com ela, as instituições de ensino superior públicas usaram mais da metade do orçamento previsto para 2024. Abrahão teme que, nesse ritmo, as universidades não fechem o ano.

“As universidades, que é uma coisa que não acontece geralmente, já utilizaram mais da metade do seu orçamento de 2024 . Então, nesse ritmo, a gente não consegue fechar o ano das universidades. Então, a gente precisa de uma recomposição orçamentária, que seja considerável para a gente conseguir fechar o ano”, defende a presidente da Andifes.