Vice do PT prospecta negócios em Cuba com (e para) amigos

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Por Rodrigo Rangel/Metrópoles

No fim de abril, o deputado federal Washington Quaquá (de verde na foto), vice-presidente nacional do PT, embarcou rumo Cuba pela segunda vez em menos de seis meses.

Em dezembro, ele foi à ilha acompanhado de um grupo de correligionários comemorar a própria vitória nas urnas.

Agora a viagem foi oficial, custeada pela Câmara dos Deputados, na companhia de outros três parlamentares e de empresários amigos.

Mas Quaquá aproveitou a oportunidade para, segundo ele mesmo, prospectar negócios — e prospectar negócios, diga-se, com potencial de beneficiar empresários conhecidos e lhe render dividendos políticos em seu reduto eleitoral, o município de Maricá, no Rio de Janeiro.

Organizador da missão, o vice-presidente do PT assume de viva-voz a intenção: “A gente foi identificar uma série de oportunidades que tem lá e vamos começar a prospectar gente para fazer investimento lá”.

A questão é quem serão os escolhidos para a empreitada — e como se dará a escolha. Indagado sobre isso, Quaquá faz mistério.

Ele se recusou a dizer, por exemplo, os nomes de empresários do Rio de Janeiro que foram convidados para missão.

“O porto de Mariel ali é uma porta de entrada importante para todo o Caribe”, disse o deputado, referindo-se ao porto cubano que nos governos do PT recebeu investimentos milionários do BNDES que até hoje não foram quitados.

A coluna apurou que um dos negócios costurados pelo vice-presidente petista com o governo cubano foi um acordo de cooperação entre a estatal cubana de biotecnologia, a BioCubaFarma, e o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá.